Chegg: O “Passei Direto” americano está enfrentando a extinção graças ao ChatGPT
Chegg… o império dos guias de estudo e livros didáticos, um dia o oásis de estudantes desesperados. Era o site que os universitários americanos visitavam para alugar livros caros, obter respostas prontas e, claro, ganhar alguma trégua acadêmica.
Mas agora, pobre Chegg, despencou dos céus da relevância digital com uma elegância comparável a uma pedra caindo de um penhasco.
Com suas ações afundando 99% e meio milhão de assinantes fugindo, a Chegg virou uma história de terror corporativa. E o vilão: O ChatGPT, claro.
Imagine a cena: durante a pandemia, a Chegg nadava em assinaturas pagas. Os estudantes, com suas aulas online, viram na plataforma uma tábua de salvação acadêmica. Só que, em 2021, o ChatGPT apareceu e arruinou o sonho.
A IA já tinha “lido” uma vasta porção da internet e conseguia gerar respostas para praticamente qualquer pergunta num piscar de olhos – de graça. Em questão de meses, a Chegg perdeu 14,5 bilhões de dólares em valor de mercado. Seus assinantes sumiram; afinal, por que pagar se a IA fazia o mesmo serviço em segundos?
A Chegg tentou reagir, lançando suas próprias ferramentas de IA, mas o estrago já estava feito.
E os números não mentem: hoje, só 30% dos estudantes planejam usar a Chegg, enquanto 62% preferem o ChatGPT, que é instantâneo e não julga ninguém por perguntar o óbvio.
Mas a ironia não termina aí.
A Chegg não é a única vítima. O ChatGPT e suas amigas IAs já estão virando do avesso a educação, o marketing, o atendimento ao cliente e até o mundo criativo. Afinal, quem precisa de “talento humano” quando uma IA pode produzir arte, roteiros e composições musicais a um custo e velocidade impossíveis para um humano?
E assim, uma nova ordem mundial se desenha, deixando empresas como a Chegg pelo caminho, enquanto o resto do mundo vê a IA dominar até as áreas mais “humanas”.
Para a Chegg, é o fim de uma era. Mas para o restante de nós, é apenas o prenúncio de um mundo onde a IA não só faz parte do jogo; ela define as regras.
